“A mulher negra não é vista como um sujeito para ser amado”

Como resultado, lançamos uma série de entrevistas sobre a importância de se debater cada vez mais as questões raciais no Brasil. Meu primeiro contato mais profundo ocorreu através do livro Virou Regra? Como se aplica neste caso? Sempre em todas as revistas e propagandas, o branco é colocado como o mais bonito. E a gente também tem muito internalizado essa ideia de relacionamento de amor à primeira vista: conheço um estranho e imediatamente me apaixono por ele, como num conto de fadas. Por isso muitas mulheres acreditam que afetividade é somente sobre as decisões masculinas, isto é, mesmo com todas as exceções, eles precisam se ver como os protagonistas do relacionamento. Mas mesmo assim, por exemplo, um casal de dois homens gays — um negro e um branco — certamente, aquele com maior poder simbólico, vai poder tomar as decisões e fazer as escolhas.

Mulheres procura 201410

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Para a medicina, o sentimento começa no cérebro, quando os neurônios liberam a dopamina, aquele hormônio que deixa as pernas bambas e enche de borboletas o estômago. A gente aprende por quem deve se apaixonar. A tomar, elas revelam as particularidades de sentir, viver e buscar o amor sob a ótica racial. Hoje sei que o branco e o negro podem cometer os mesmos erros. Os brancos, porém, costumam falar mais essas coisas. Acho que os negros entendem, em parte, as mazelas que sofremos. Acabava me diminuindo. Daí em diante, as coisas passaram a fluir melhor. Kissy Cândido com o companheiro, Paulo Imponente.

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